Tipos de Divórcio: saiba a melhor opção para o seu caso [2024]

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É crucial conhecer os tipos de divórcio para fazer a sua separação de forma confiante.

Afinal, terá todas as informações necessárias antes mesmo de procurar um profissional, o que te poupará tempo e dinheiro.

Por isso, preparei este texto para você saber todos os detalhes das formas de separação.

Inclusive com uma tabela no final que te ajudará a fazer a melhor escolha.

Continue comigo para descobrir sobre:

Quais são os tipos de divórcio?

Hoje no Brasil há 5 formas de fazer a separação, são elas:

Veja a imagem abaixo e depois confira os detalhes dos tipos de divórcio.

Todos os tipos de divórcio
De um zoom no seu celular para melhorar a legibilidade

Divórcio extrajudicial (no cartório)

Esse tipo de divórcio também é conhecido como:

  • Amigável;
  • No cartório;
  • Fora da justiça;
  • Extrajudicial.

Por não envolver o poder judiciário, o tipo de divórcio extrajudicial é a forma mais rápida, barata e fácil de resolver a separação

Porém, não são todos os casos que podem ser realizados dessa maneira.

Para fazê-lo, os seguintes requisitos precisam estar presentes:

  • Consenso entre os cônjuges com todos os termos do divórcio (decisão de se separar, partilha de bens, pagamento ou não de alimentos entre marido e mulher, uso de sobrenome);
  • Não pode haver filhos menores ou incapazes;
  • A mulher não pode estar grávida;
  • Presença de advogado.

Trata-se de um método rápido, o qual pode ser finalizado em até 5 dias úteis dependendo da demanda do cartório.

E apesar da lei exigir a presença de advogado, saiba que apenas um profissional pode atender o casal, o que torna o procedimento mais barato, visto que é possível fazer a divisão dos custos.

Se o seu caso cumpre todos os requisitos citados acima, recomendo que você opte por essa forma de separação.

E caso queira saber tudo sobre o divórcio no cartório, basta clicar aqui para ter acesso ao guia completo.


Divórcio online

pesquisando sobre os tipos de divórcio

Criado recentemente em 2020, o divórcio online é uma novidade no meio jurídico.

Agora todo o procedimento de divórcio pode ser feito no conforto do seu lar e está a apenas um clique de distância.

Embora seja novo, não há segredos e complicações, pois segue os mesmos requisitos do divócio extrajudicial.

São eles:

  • Consentimento das partes com relação ao divórcio;
  • Não pode haver filhos menores ou incapazes;
  • A mulher não pode estar grávida;
  • Presença de advogado.

O divórcio virtual é feito pelo próprio sistema do cartório, mas não são todos os cartórios que oferecem o divórcio na modalidade online.

Sugiro que você pesquise quais locais oferecem esse serviço, ou então pergunte para o seu advogado.

Em resumo, o que acontecia no divórcio extrajudicial feito no cartório, agora pode ser feito de maneira virtual.


Divórcio consensual judicial

Esse tipo de divórcio é para as pessoas que concordam com todos os termos da separação, mas tem filhos menores.

Uma regra simples no direito: sempre que o divórcio envolver filhos menores ou incapazes, ele precisa ser feito por meio de um processo judicial.

Para que o divórcio consensual judicial aconteça, você e seu cônjuge precisam estar de acordo com as seguintes condições::

  • Valor de pensão alimentícia;
  • Divisão de patrimônio (se houver);
  • Dias de visitas com a criança;
  • Qual a modalidade da guarda (compartilhada, unilateral).

Tendo essas questões acordadas, o advogado vai elaborar uma petição relatando os tópicos para o juiz.

Importante: por mais que precise passar pela via judicial, o divórcio consensual judicial tende a ser um procedimento rápido e econômico.

Afinal, o principal ingrediente de um bom divórcio está presente: o consenso.

Uma característica dessa modalidade que torna o serviço mais barato, é a contratação de apenas um advogado para representar o casal.

Assim, as pessoas podem dividir as custas da contratação, o que deixa o procedimento mais em conta.

Fiz a tabela abaixo para que você conheça mais alguns detalhes desse tipo de divórcio:

Características do divórcio consensual judicial

Se o seu caso se enquadra como divórcio consensual com filhos menores, clique aqui para ter acesso ao guia completo.


Divórcio Judicial litigioso

A palavra litigioso vem de litígio, que por sua vez significa: embate/conflito/briga.

Esse tipo de divórcio é usado nos casos em que as pessoas não concordam com os termos da separação. (valor de pensão alimentícia, divisão do patrimônio, dias de visitas, etc).

E se porventura você estiver nessa situação, cuidado.

Recomendo entrar com um processo de divórcio litigioso só depois de tentar todas as opções abaixo:

  • Negociação direta entre você e seu cônjuge;
  • Negociação entre os advogados;
  • Proposta de tentar uma mediação ou divórcio colaborativo.

Eu chamo o divórcio judicial litigioso de: UTI do direito.

Explico…

Trata-se de um meio adversarial e competitivo de fazer a separação.

Num processo desse tipo, há o seguinte cenário:

  • Marido contra mulher
  • Advogado contra advogado;
  • Pai contra mãe;
  • Esforços para que o outro perca.

Percebe como é um meio agressivo de fazer o divórcio?

Agora, imagine essas condições, somadas à dor do término, e um desgastante processo judicial.

Evidente que é um tipo de divórcio importante e sempre terá seu espaço no meio jurídico.

Inclusive, eu atuo com divórcios litigiosos, pois alguns casos só são possíveis de serem resolvidos dessa maneira.

Mas antes de entrar com um método invasivo, por que não tentar formas menos agressivas? 

Como por exemplo:

  • Mediação
  • Divórcio colaborativo
  • Negociação direta entre advogados.

Portanto, converse com um profissional que te ajude a usar as alternativas consensuais citadas acima antes de ingressar com uma ação de divórcio litigioso.

Enfim, é a UTI do direito, porque assim como na medicina, deve ser usado como último recurso no tratamento de um caso, e não como primeiro.


Advogado especialista ainda mais necessário nesses casos

Recomendo que em todos os tipos de divórcio, você opte por contratar um advogado especialista em Direito das Famílias, mas especialmente em casos litigiosos.

O advogado é uma peça chave num processo judicial de separação, ele tem a missão de falar por você.

E um processo de família é como uma panela de pressão, prestes a explodir.

Portanto, os advogados que atuam nesse ramo precisam estar preparados para lidar com situações de tensão, como as famosas audiências acaloradas.

E por estarem habituados com essas situações, os advogados de família aprimoram habilidades que são próprias do direito das famílias.

São elas:

  • Negociação;
  • Comunicação não violenta;
  • Validação de sentimentos;
  • Observação sem julgamentos.

Ocorre que algumas pessoas contratam profissionais que trabalham em outras áreas e acabam frustradas.

Por exemplo: imagine que um certo advogado atua com contratos bancários, mas decide pegar um divórcio de alto conflito…

Na sua rotina, ele não desenvolve conhecimento sobre vínculos familiares.

Agora imagine quando esse advogado estiver atuando numa audiência em que os ânimos estão à flor da pele.

Ele não terá as ferramentas necessárias para lidar com essas questões humanas e poderá ser um agente amplificador do conflito.

O advogado de família, por suas vez, dispõe de técnicas que auxiliam em momentos de tensão.

Embora o divórcio judicial litigioso seja um procedimento adversarial e competitivo, o advogado especialista em direito das famílias contribui para que a situação não tome grandes proporções, ao mesmo tempo que defende o direito dos seus clientes com unhas e dentes.

Então, essa é a minha dica de ouro para você…

Ao saber que o seu caso se enquadra como divórcio judicial litigioso, contrate um advogado especialista em direito das famílias.


Divórcio Colaborativo

Essa modalidade é uma ótima opção para os casais que discordam dos termos da separação, mas querem evitar um processo litigioso na justiça.

E melhor, pode ser aplicado a qualquer caso.

Mesmo que você:

  • Tenha filhos menores;
  • Não esteja conseguindo um acordo direto com o seu cônjuge;
  • Pense que seu caso é de alto conflito;
  • Ache que não tem condições financeiras.

Estudos mostram que 90% dos casos de divórcio colaborativo têm sucesso. (fonte).

É, sem dúvidas, o tipo de divórcio que possui a maior taxa de satisfação pelos clientes.

Confira abaixo os benefícios oferecidos pelo divorcio colaborativo:

  1. Procedimento 100% sigiloso;
  2. Proteção dos filhos;
  3. Transparência;
  4. Baixo custo (financeiro e emocional);
  5. Apoio de equipe multidisciplinar;
  6. Controle de resultado pelo cliente;
  7. Criação de acordos criativos;
  8. Realizado sem processo judicial;
  9. Diminuição dos conflitos pós divórcio;
  10. Preservação dos laços familiares.
  11. Rápido, pois não há a lentidão do Poder Judiciário.

Além disso, o divórcio colaborativo humaniza o processo de separação.

Confira abaixo para saber o porquê.


Por que o divórcio colaborativo é humanizado?

Porque ao contrário dos outros tipos de divórcio, ele não resolve apenas as questões jurídicas, mas também às questões humanas que uma ruptura carrega.

Afinal, todas as separações envolvem as seguintes áreas:

  • Jurídica
  • Emocional
  • Psicológica
  • Dos filhos

Num processo judicial litigioso, por exemplo, o juiz não se importa com o que as partes sentem durante o processo.

É a aplicação fria da lei e pronto.

Por outro lado, o divórcio colaborativo oferece suporte às preocupações, sentimentos, e necessidades dos envolvidos. 

Mas como os advogados se limitam à atuação jurídica, a presença de outros profissionais se faz necessária.

Então, para auxiliar com as questões emocionais, psicológicas e dos filhos, os seguintes profissionais são chamados:

  • Psicólogos;
  • Especialistas em finanças;
  • Especialistas em crianças e adolescentes.

Um time de experts unindo esforços para tapar todos os buracos e resolver o caso da melhor maneira possível.

Então…

Se há alguma divergência financeira ou patrimonial, um especialista em finanças é chamado.

Se há alguma dúvida com relação aos filhos, um especialista em crianças e adoslecente pode ajudar.

Se os ânimos estiverem à flor da pele, conta-se com a presença de um psicólogo.

No final, todas as questões que permeiam o divórcio são resolvidas, de modo que o divórcio seja humanizado.

Por fim, disponibilizei o vídeo abaixo para que você esclareça todas as suas dúvidas sobre esse tipo de divórcio.

Divórcio colaborativo

Qual o melhor tipo de divórcio para o seu caso?

Elaborei a tabela abaixo para que fique visualmente fácil de você identificar em qual situação está e qual o melhor tipo de divórcio para o seu caso.

Confira:

Tipos de divórcio para cada caso

Reitero, só opte pelo divórcio judicial litigioso depois de tentar todos os outros meios consensuais.


Conclusão

Com esse conteúdo, você aprendeu tudo sobre os tipos de divórcio no Brasil.

Você viu que existem 5 meios de fazer a separação, tanto judiciais como extrajudiciais, cada um com os seus requisitos próprios.

Lembre-se que por mais que o seu caso seja de alto conflito, existe uma opção menos desgastante: o divórcio colaborativo.

Enfim, tente todas as opções consensuais antes de ingressar com uma ação de divórcio litigioso.

E se quiser um atendimento personalizado comigo, basta clicar no botão abaixo e seguir as instruções.

Um abraço e até a próxima.

Atendemos com 100% de privacidade e 100% online

Advogado de divórcio

Escrito por: Gabriel Padilha de Ramos

OAB/PR 100.340
Sócio fundador do Padilha de Ramos Advocacia.
Advogado Colaborativo capacitado pelo IBPC (Instituto Brasileiro de Práticas Colaborativas).
Gabriel adora conhecer novas cafeterias pela cidade escutando suas músicas favoritas.
“Minha missão é ajudar as pessoas a resolverem suas questões familiares de forma justa e humanizada.”

Gabriel Padilha de Ramos

Gabriel Padilha de Ramos é advogado de divórcio em Curitiba, mas atende todo o Brasil. Especialista em direito de família e há mais de 5 anos estuda os métodos adequados de solução de conflito, como a mediação e o divórcio colaborativo.